29.6.05

os auxiliares


eles são tudo nesta fase.
e mais, adoro-os.
é como se fossem mesmo uma parte importante da minha vida, na altura das frequências!
e é só porque a memória não quer guardar as coisas da faculdade...
chamar "auxiliares de memória" é giro, é como se nos tirasse metade das culpas, porque afinal nem toda a gente tem boa memória não é!
não sei porque é que os guardo... deve ser por culto.
por me terem salvo de dias tão sem rumo.
por "nos" terem salvo, a nós... a geração "cábula".

obrigada:
cábulas da minha vida!! :D

26.6.05

"amar é preferir"

by Natiruts

24.6.05

(suspiro...)

a vida tem sido boa!

só porque sim

porque os exames tão a ir e tão a acabar

porque mesmo quando as coisas correm pior ha sempre quem nos segure

porque ainda tenho saudades dos meus amigos, da diana e da rita, e do loonas e da jana, mas mesmo as saudades são boas, porque fazem existir a amizade.

porque fui ao optimus open air há dois dias ver a Mafalda, e não me podia ter divertido mais. Não podia ter matado as saudades de melhor maneira!! (adoro-vos: adorei tudo!...)

porque o joão foi promovido!!!

porque um dia de sol é tudo
um dia a ver os sorrisos certos da-nos a força para a vida

e é preciso tão pouco para sermos completamente felizes... :)

22.6.05

Às vezes as coisas dentro de nós

O que nos chama para dentro de nós mesmos
é uma vaga de luz, um pavio, uma sombra incerta.
Qualquer coisa que nos muda a escala do olhar
e nos torna piedosos, como quem já tem fé.
Nós que tivemos a vagarosa alegria repartida
pelo movimento, pela forma, pelo nome,
voltamos ao zero irradiante, ao ver
o que foi grande, o que foi pequeno, aliás
o que não tem tamanho, mas está agora
engrandecido dentro do novo olhar.

21.6.05

do it


ouvi alguém dizer um dia, "parar é morrer!"
hoje acordei assim... "faz". e o que fizeres pelas tuas mãos está bem feito.

20.6.05

apetece-me

uma rede e dormir na rede e ouvir o silêncio e depois ir ver as pessoas la fora e ser verão e ser praia e ser sol. uma noite quente e cervejas e amigos. apetece-me ficar em casa sem nada para fazer. e ter tempo para ler o dia todo e comer um gelado do santini e sentir as cores a existirem ca dentro. apetece-me abraços dos meus amigos. e ir para a estrada com eles sem horas marcadas e sem dias e com a certeza de trazer de volta na maquina fotografica mais uma daquelas viagens inesqueciveis! costa alentejana? :)

(amigos, tenho saudades vossas!!)

18.6.05

O Silêncio




Quando a ternura
parece já do seu ofício fatigada,

e o sono, a mais incerta barca,
inda demora,

quando azuis irrompem
os teus olhos

e procuram
nos meus navegação segura,

é que eu te falo das palavras
desamparadas e desertas,

pelo silêncio fascinadas.




Eugénio de Andrade

15.6.05

aceitam-se...

... M A S S A G E N S!

(é que doem-me as cruzes ca de uma maneira... upa upa!! e de certeza que há alguém cheio de vontade de fazer não é?... té?...)

14.6.05


E se não escrever o teu nome
como direi a alegria ao mundo?


Daniel Faria

Respiro o teu corpo

Respiro o teu corpo:
sabe a lua-de-água
ao amanhecer,
sabe a cal molhada,
sabe a luz mordida,
sabe a brisa nua,
ao sangue dos rios,
sabe a rosa louca,
ao cair da noite
sabe a pedra amarga,
sabe à minha boca.


Eugénio de Andrade
(mais um grande poeta que nos deixou, ontem...)

13.6.05

cores de embalar...


... para quem dorme ao contrário...
cor de laranja céu azul mar infinito. silêncio. cores do dia em sol. e sono.

10.6.05

lindo!

“… uma vez, numa conversa antes de adormecer, ensinou-me que há dois escuros: o escuro do quarto à noite e o escuro de fechar os olhos onde somos reis do nosso mundo e podemos torná-lo mais feliz e melhor…”

Mafalda Veiga em “O carocho-pirilampo que tinha medo de voar”

9.6.05

em frente


o caminho é sempre este. mesmo cheio de curvas. em frente.
com curvas e em frente. curvas que ensinam. e viver é em frente.
curvas são vontade. viver é crescer em todas as curvas e ser em frente.

Piada Ribeirinha

Duas dúvidas cairam a um rio. Nadaram, nadaram, aguentaram-se com todas as forças que tinham mas acabaram por se afogar... porquê?
Porque não ha margem para dúvidas!!!

AH AH AH :D

6.6.05

lembro-me tantas vezes de si

hoje faz um ano que me disse pela ultima de tantas vezes naquela parte da vida em que tive o privilegio de ser sua neta: "porta-te bem pipinha"... e vim cá dizer-lhe, como lhe digo todos os dias inteiros da vida, "porto-me sempre bem avozinha! ;)" mesmo quando não porto... acho que até cresci um bocadinho este ano avó. tenho tentado ser sempre melhor a cada dia, e lembro-me tantas vezes de si. fiquei mais perto da mãe e de todos. do avô. e lembro-me tantas vezes de si. os seus olhos em mim têm a ternura dos dias mais felizes. é impossivel não sentir a sua falta quando estamos todos, ou só quando estamos sozinhos connosco a senti-la existir nos nossos gestos. é dificil não chorar na missa, porque a oiço ainda a cantar no meio das outras vozes, como ouvia quando me cantava aquelas músicas da igreja. e sinto saudades da sua voz, às vezes já meia desfocada em mim. é dificil não chorar de saudades do seu colo. do melhor colo que experimentei na vida... e é bom demais ter as memórias de si ca dentro. e os seus conselhos. a sua vida em cada um de nós.
hoje tenho saudades boas. e porto-me sempre bem, já lhe tinha dito... :) um beijinho avó

é como se te encontrasse em cada passo...
como se tropeçar em ti fosse viver.
é como dizer-te que fazes partes dos meus dias
ou os dias fazem parte das horas em que te espero.

3.6.05

casa do piano



tenho saudades daquela casa que fica la em cima de tudo. alguém lhe chamou a casa do piano, tem um piano cheio de historias e sons de tempos, um piano onde o Zé tocava. e o Zé havia de ter sido uma pessoa especial. havia noites em que ainda o ouvia tocar, as vezes saía da casa do piano e ia la fora misturar-me nos verdes das arvores das montanhas. ficava só a ouvir aquele silêncio e aquela perfeição. ouvia as notas de um piano eterno. como se o tempo lá parasse sempre que se entra, no paraíso. e é sempre assim, no ar daquela casa especial. os sons a entrarem fundo num eco maior que nós. cada vez que vejo esta fotografia lembro-me de lá, do quentinho da casa feita de pedra fria, madeira quente. feita de pessoas. do chão dos nossos passos nele, da sensação e da paz que é o regresso. lembro-me de abrir a porta da casa do piano (de parti-la também!) como quem abre um livro que se volta sempre para ler mais uma frase inesquecivel. e são memórias para sempre, como cores tatuadas cá dentro. lembro-me do abraço mais quente que há, o de chegar. da guida a ser maior que o mundo e a segurar-nos por dentro. tenho algumas saudades, das grandes: dessa casa, do piano. de braga!