esperar-te
"não me arrependo das horas que perdi a esperar-te quando ainda havia a esperança. a esperança que havia ainda quando, a esperar-te, perdi horas de que não me arrependo.
um instante na memória de chegares é mais valioso do que jardins. do que montanhas, do que anos de tempo.
arrependo-me de ficar ao sol, se sorrir, de esquecer que devagar passam os dias. os dias passam devagar, esquecendo-se de sorrir de sorrir ao sol e de ficar onde me arrependo."
José Luís Peixoto
in "uma casa na escuridão"
Este blog existe porque, entre outras influências, foi-me nascendo uma vontade de escrever e de escrever aqui.
Não sei ainda se vou ser lida, se vou partilhar este espaço.
Criei um blog, chamei-lhe todos os lugares. Porque me fala já de todos e de cada lugar, onde quer que esteja, o que quer que seja. Ontem, dia 6 de dezembro, fez 6 meses de uma data que me marcou intensamente. Uma dor que não conhecia. Num dia em que acordei feliz em juntar-me aos milhares e ver de perto o "deus" sting. Quis escrever sobre isso. Não sabia onde, nem como, nem para onde. Queria escrever à minha avó. espero-a, como no excerto acima, espero-a na esquina de todos os lugares, nos lugares de todos os dias. Queria dizer-lhe que me faz a falta da vida. Que me lembro de si todos os dias, avó. e que 6 meses sem si custaram a passar. mas o importante, a parte boa do que fica, a vida que me ensinou, a vida em sorrisos, e os sorrisos da vida, em qualquer parte de nós. avó, ate sempre.