cheiro
cheiro. de escrever o teu nome numa árvore
e nela te procurar a alma por dentro de todas as coisas.
e falar com uma arvore como se fosse alguem!
sentada no chão da terra a sentir nas mãos
de olhos fechados, a minha voz.
tenho esta imagem de vontade.
apetecia-me 21 dias debaixo de uma arvore
em jejum feita mikao ussui ou simplesmente
um campo para correr de braços abertos
em pleno verão.
talvez seja por sentir falta deste cheiro.
qualquer coisa amarela com sabor a fim de tarde
e cor de maçã, das encarnadas. e campo.
e solidão. e voltar a essa arvore noutro dia quente
e descobrir as cumplicidades tatuadas
naquele chão, naquela casca, naquele chão, naquele cheiro.
boas férias! :)