30.4.05

existias de noite



Existias de noite como a letra de todo o movimento,
e das estrelas o céu pintado ao fundo,
e distraído às vezes confessava amar a tua pele
como quem quer dizer-te: não morras nunca mais.
Esta noite, outra noite,
esta manhã que nasce pelas frinchas
da janela pequena entreaberta,
por planaltos e vales caprichosos,
lagos azuis, ravinas e pinhais,
irei de vez em quanto perguntando
onde existes? onde estás?
António Franco Alexandre