31.5.07

gotan project.


nouvelle vague.


cool jazz fest «de 30 de junho a 22 de julho»


"(...) dá-me uma mão a mim e a outra a tudo que existe.
E assim vamos os três pelo caminho que houver,
saltando e cantando, e rindo, e gozando
o nosso segredo comum que é o de saber por toda parte
que não há mistério no mundo e que tudo vale a pena. (...)"

Alberto Caeiro

30.5.07

eheh!

ontem pus uma nova coisa-croma-demais a funcionar neste blog (roubei dos primos da paula!), é uma espécie de mapa mundo (está por aí algures na barra da direita) a dizer de onde me visitam!
isto é giro!
gonçalo, és tu a pintinha encarnada no norte da bota de itália, certo? :) (tenho saudades tuas)
quem será a bolinha do brasil?

revelem-se! :)

29.5.07

terra.

quando escreveste o conto eu era ainda mais pequenina. tinha acabado de perder a minha avó e com ela uma parte importante da minha infância e do meu crescimento. dedico-o eu a ela. porque é segura a memória inquieta com que a trago. ainda a choro nas noites frageis. ao ler-te, vem-me à lembrança as suas mãos ternas, as que me agarravam a alma como ninguém nunca fará, as mãos que me construíam e juntavam os pedaços dispersos de uma adolescência firme a existir por baixo do que cresço nos dias (as mãos que me ensinaram a vida, são os meus pés no chão, raízes na terra). e que me educavam. e choro o chorou que afinal não secou, que não é passagem do tempo tempo devagar e lento, como pensei.

(habituei-me à sua ausência, choro a sua falta.)

obrigada Jorge, por (de certa maneira e em mim) imortalizares alguém que, desconhecida do mundo, foi a mulher mais forte, a pessoa com o maior coração que conheci nesta minha vida.

25.5.07

diário

se tivesse um diário, daqueles de criança, com cadeados e tudo, hoje escrevia-lhe:

"não sei se o que me preenche hoje é a vontade do passado a existir nas coisas certas boas quentes abraços, ou um medo que fere de um futuro de planos incertos cheios intensos, de cheiros e marcas.

ou se afinal tudo isto são, como diz margaret, "os dois lados de um sentimento só".

descubro que a solidão me assusta, descubro-me fragil e inconstante, sem certezas de nada.
procuro ajuda dentro de mim.

hoje há Dave Mathews, e como normalmente quando as expectativas são poucas, acabamos surpreendidos, esperam-se BOAS surpresas!

despeço-me de ti com uma frase de José Tolentino Mendonça:

"os breves dias são tão longos quando imaginamos imagens felizes",

é so isto. não é? imagens felizes.

ate logo."

23.5.07

dias úteis

"Dias úteis

às vezes pretextos fúteis

pra encontrar felicidades

no percurso de um só dia

Dias úteis

são tão frágeis, as verdades

que se rompem com a aurora

quem as não remendaria?

Dias úteis

mesmo se a dor nos fizer frente

a alegria é de repente

transparente

quem a não receberia?

Mesmo por pretextos fúteis

a alegria é o que nos torna

os dias úteis

Dias raros

aqueles que por amparos

do bom senso e da imprudência

fazem os prazeres do dia

Dias raros

como os ares, Rarefeitos

amores mais do que perfeitos

quem os recomendaria?

Dias raros

em que os mais dados às rotinas

ouvem sinos, seguem sinas

cristalinas

quem as não perseguiria?

Por motivos talvez claros

o prazer é o que nos torna

os dias raros

Por pretextos talvez fúteis

a alegria é o que nos torna

os dias úteis

Por motivos talvez claros

o prazer é o que nos torna

os dias raros

Por pretextos talvez fúteis

por motivos talvez claros"

Sérgio Godinho

22.5.07

7:40 a.m.

Organics: "cabelos louros ou claros com saudades do sol?"
R: sim!

19.5.07

(...)

hoje um amigo dizia-me: "nunca se deixa de amar"

apanhou-me de surpresa. sem resposta. fiquei a pensar nisso.

(...)

(to be continued...)

difícil

amar
dizer adeus
cortar os laços
escolher
ter medo
entregar
partilhar
ter certezas
ser "maya"
fazer planos
ser seguro
segurar a tempo inteiro
ter certezas dos dias
não fugir quando doi
encarar
lutar
ser feliz
ser autêntico
não pensar
confiar
crescer
ser frágil
perder
a força
a dor
amar

(o que não é dificil não é inteiro,
não preenche o dentro inteiro de nós.)

ao som de emiliana torrini

penso: se nos entregarmos aos outros, se os conhecermos, metade do que nos entregamos, conhecemos, a nós, seremos tão mais felizes!

15.5.07

Repeating- olhares

"falávamos de olhares. sabes que tens um olhar que fala mais do que tudo o que dizes por fora?

nem sempre precisamos conhecer bem as vidas de cada um para lhes saber a ordem dos gestos , o sorriso das palavras que saem, e as outras que só os olhos dizem sinceros tantas vezes. é aquilo que mais gosto nas conversas, o espaço aberto e curto que fica entre as palavras. o olhar. o movimento dos sons de nós em silêncios inteiros e nús... quando somos puros e não somos nada, entregues à sorte e aos olhos que nos encontram por dentro. acontece às vezes não conseguirmos ouvir os outros e eles não nos ouvirem a nós, estamos a ter uma conversa muito mais importante cá em cima, onde os olhos são a razão e a força, tudo o que existe. conversas onde as palavras perdem toda a importância e o que sobra são os olhos à procura dos olhos lá por dentro do dentro das nossas coisas, almas, sei la... nessas partes há um olhar que diz as palavras certas que queremos ouvir, e rouba-lo é um dos maiores tesouros. fica a sobrar o gesto, o instante, na memoria, para sempre."

daqui, em
15.5.05

(sinto saudades dos dias de chão inteiro, de quando me sentia amparada, segura, desmedidamente feliz)

11.5.07

tardes de moínho!

este ano os dias mais
quentes

são passados aqui



7.5.07

scary freedom

....

Oh I'm scared of the middle place
Between light and nowhere
I don't want to be the one
Left in there, left in there

(in the same music)

Hope there's someone
Who'll set my heart free
Nice to hold when I'm tired

Antony and the Johnsons

3.5.07

fico só a olhar- é como se quando olhássemos assim o tempo parasse em segundos nos nossos corpos. na nossa cidade. fico só a olhar devagar. tenho duvidas por dentro, nunca sei bem responder-me às coisas que me pergunto, porque me pergunto e não sei responder. (se me voltas?) fico a olhar só, como se ao olhar me respondesses por instantes nas dúvidas todas de sempre.