aprendi aos 20 anos, e numa oração, que complicar a vida é uma coisa boa. há umas semanas, lá na asul (falo na asul outra vez porque este post vem em seguimento do anterior...não, não estou viciada no assunto...:P) enquanto se lia uma oração, dizia-se pelo meio que "é preciso sair de nós mesmos, complicar a vida, perdê-la por amor de Deus e das almas...". ao principio discordei totalmente com esta frase, ou seja, ela veio confirmar-me que a igreja é mesmo um "assunto complicado" e que gosta mesmo de nos complicar as vidas. depois explicaram-me as entrelhinhas desta frase e, mais tarde, fez todo o sentido. deixando de lado (sem querer substimar...) o conceito "igreja" e aplicando esta frase ao nosso (de qualquer tipo de crente) dia-a-dia, percebe-se que complicar a vida são todas as pequeninas facilidades que temos de abdicar por sentidos mais trabalhosos e, que, por serem mais trabalhosos (ou por darem mais luta), nos vão dar melhores frutos. Ou seja, (não sei se os meus leitores (lol) concordam comigo ou não, mas eu acho que faz sentido assim, e nunca tinha pensado por este ponto de vista.) o facto de sairmos de nós mesmos e complicarmos as nossas vidas é importante: sair de nós mesmos sempre achei e sempre tive consciência que só pode fazer bem, mas aqui o importante é sair das nossas facilidades e dos nossos comodismos e não optar pelo caminho que à partida parece mais fácil: nem sempre o que parece é. e, fazendo assim um exame de conscência, dá para perceber que na maior parte das vezes aquilo que nos deu mais trabalho e nos trouxe mais complicações, são os nossos maiores orgulhos e as nossas maiores alegrias. no fundo, só o tempo é que nos faz perceber estas coisas com a nossa própria experiência... e mais, a preguiça é a maior inimiga destas complicações que afinal são boas: e eu, sofro de perguiça em estado grave.