31.7.06

(continuação)...

quando se aproximam acabam sempre por se ferirem, não conseguem evitar, não fazem por mal só que não conseguem fazer de outra maneira

(li nalgum lugar, qualquer coisa assim)

As pessoas são como o porco-espinho...

29.7.06

s.o.s.

o nosso país funciona assim, mandam-nos de um lado para o outro e ninguem sabe de nada. fui com uma amiga e um amigo dela dar sangue ao ipo ha uns tempos, como ja esperava não me deixaram, mandaram-me para o hospital d.estefania porque com o meu peso tinha de ser lá e tal. chegando la ninguem sabia que historia era essa de poder dar la com o meu peso, simplesmente não posso dar sangue com menos de 50 kg e ponto final. não consegui, senti-me frustrada porque tinha criado algumas espectativas (a mim, e à senhora do serviço de sangue, que tinha cara de quem não vê gente a entrar por aquela porta com muita frequência), não sou forte o suficiente para renovar o meu sangue e dar a quem precisa! não deve ser bem assim mas enfim... no dia em que pesar mais uns quilinhos acho que vou ficar feliz por essa unica razão: finalmente poder dar sangue que é tão preciso nos nossos hospitais!

Boa viagem a quem se vai fazer ao caminho para cabo verde amanha, à procura de ajudar quem precisa!

26.7.06

cheiro



cheiro. de escrever o teu nome numa árvore
e nela te procurar a alma por dentro de todas as coisas.
e falar com uma arvore como se fosse alguem!
sentada no chão da terra a sentir nas mãos
de olhos fechados, a minha voz.
tenho esta imagem de vontade.
apetecia-me 21 dias debaixo de uma arvore
em jejum feita mikao ussui ou simplesmente
um campo para correr de braços abertos
em pleno verão.
talvez seja por sentir falta deste cheiro.
qualquer coisa amarela com sabor a fim de tarde
e cor de maçã, das encarnadas. e campo.
e solidão. e voltar a essa arvore noutro dia quente
e descobrir as cumplicidades tatuadas
naquele chão, naquela casca, naquele chão, naquele cheiro.

boas férias! :)

20.7.06

"Ela gostava de fios. Fios tecidos sem dizer. Invisíveis. Às vezes visíveis. Fios de seda. Ou algodão. Fios como riscos em folhas brancas. Ou gotas de chuva que escorrem no vidro. Fios de desejo. Ou de saudade. Fio de prumo. E do horizonte. Um fio de lã vermelha a percorrer um livro. Um fio de água a matar-lhe a sede. O fio de Ariadne. O fio de uma vida inteira. No fio da navalha. E a vida dela por um fio..."

Abel

9.7.06

se eu me apaixonasse por ti e se soubesse desenhar todos os pontos que te fazem, se eu soubesse amar-te e se conseguisse descobrir-te no meio de qualquer lugar, se fosses tu a luz dos meus dias e se por te ter fosse sempre verão na vida ao acordar, se eu ficasse vazia ca dentro cada vez que dissesses adeus e se eu soubesse de cor o sorriso que fazes quando acordas, e o teu cheiro, e o teu cheiro nas coisas todas todas de mim, se eu sentisse o teu toque de olhos fechados e quando me tocasses fosses o que resta no mundo, se eu morresse devagar por te perder...