negócios!
estava agora à procura de um caderno velho onde começar a escrever uns rascunhos e palavras soltas para a tese (esta coisa de ser "arquitecta" não dá espaço para cadernos de linhas nas gavetas da secretária!), encontrei tudo menos um caderno. canetas, desenhos, frases, xactos, reguas, canetas, estojos velhinhos, reguas, colas, e.....
um caderninho com um desenho da janica na capa!!!
se tenho lido mil coisas sobre imagens poéticas e as nossas percepções do espaço que nos rodeia, tenho pensado bastante nos nossos lugares cá dentro, porque está tudo tão relacionado. penso nos espaços onde guardamos as memórias. aqueles onde vamos tocar quando alguma imagem nos surge do acaso e nos traz mil histórias e cheiros e sabores.
li imensas vezes as declaraçoes de amizade que lá estão escritas (sim sim, festinhas na auto estima!) umas sentidas, outras movidas pelo alcool, outras de braga, outras que são desenhos, fotos, bilhetes... e encontrei lá dentro, não sei vindo de que parte, um autografo do andré sardet (what...? estaria bebeda?...),
pensei: "será que já vale imenso dinheiro ou esperava o próximo round???"
5 comentários:
ahah! não sei... secalhar esse autógrafo vale um porta-chaves duma casa que vende totolotarias, daqueles já amarelados
pipoca: esse autógrafo foi daquela vez, em Coimbra, na Queima, que o deixaste penduradíssimo, quando entrámos para os camarins p ir ter c a Mafalda.
daquela vez que a Té, a Ju e eu passámos um serão e tanto no Hospital! :/
nunca cheguei a falar convosco sobre "aquela vez", ou "os covões", como a ju gosta de dizer. se foi um susto para quem esteve de fora, foi o maior susto da minha vida para mim. uma parte de mim asustou-se mesmo e morreu de susto, claro está, nessa noite. nunca vos vou conseguir explicar, ou pelo menos nunca o farei aqui. foi uma altura de mudança e de resoluções, mas sem chão debaixo dos pés. foi saltar para um trapézio sem ter a plataforma para dar aquele último impulso. foi, sobretudo, ganhar asas no vôo. e mesmo que assim seja, fiquem a saber que de cada vez que "aquela noite" é mencionada, e apesar do vôo, o pedacinho que morreu dá sinal. de falta. e é rdeado e preenchido com o que deixei acontecer depois e me reconstruiu. uma água qualquer que me preenche e ganha uma forma: a minha.
pois foiiiii!! ja não me lembrava mesmo quando é que tinha sido. pq houve outro concerto dele uma vez no bugix ou qualquer coisa assim, tambem era uma hipotese!! ah mas esse concerto, a queima das fitas! foi engraçado!
treco lareco, ja passou, agora tas bem e isso é que é importante na vida! :)
o autografo é do bugix... lamento... eu tenho um igual... e receio que inda não valha grande coisa... vai guardando. Pode ser que ele valorize...
quanto ao "covoes", em coimbra, infelizmente é assim que se chama o maldito do hospital... ainda bem que entretanto te trataste, porque apanhei um susto tao grande...
nessa noite dormi 2 horas se tanto... deu tempo para tomar o pequeno almoço no hotel e pouco mais...
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