1.2.05

grito II

tenho andado constipadissima, daí o grito, o desespero.

o g r i t o s e r v i a p a r a l i b e r t a r t o d o o t i p o d e v i r i n h o s i n s u p o r t a v e i s q u e s e a p o d e r a r a m d a m i n h a p e s s o a e m e p r e n d e r a m à c a m a n e s t e s d i a s - a t s h i m ! . . .

mas obrigada a quem se preocupou. até porque há gritos gritos que são assim gritos desses e que acontecem tantas vezes. acho que entre amigos, nunca estamos completamente ausentes, só um bocadinho menos presentes, falta de tempo, ou falta de tempo disponivel... atshim!...
Lembrei-me de uma música que o que tem de depressiva tem de boa. adoro, que me faz lembrar Marvão de alguma maneira, que se chama Grito, e que é também ela sobre esse grito, grito de gritar.


"Meu Deus, se nos velas
Diz-nos o que é que nos espera
E porque é que o sol demora atrás da colina escura
Anda dar luz ao caminho que a gente assim desespera
É como sonhar sozinho
Como se o mar fosse raso
E o céu não tivesse altura


Sempre no silêncio
Dá gozo a voz deste chão
Mas inda me dói a alma
Na dor do corpo e das mãos
Tenho medo deste frio
Que à noite sinto no peito
Como se andassem cavando
Como se andassem fechando
Buracos de solidão
A gente não sabe
O que há depois do horizonte
A gente é um vulto curvado
Com uma sombra defronte
A ouvir rumores na distância
A sentir dentro um segredo
Feito de sonhos calados
Feito de braços fechados
Num poço fundo de medo

Anda dar luz ao caminho
Que já nos dói a demora
É como sonhar sozinho
Um sonho que nunca vinga
Num grito que nunca chora"

Mafalda Veiga

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