20.2.05

esqueces-te


fotografia margarida delgado

esqueces-te de mim em cada segundo que deixas de querer viver aquilo que sentes. esqueces-te de ti. cada vez que o tempo é o tempo que passa intacto no tempo de ti, esse mesmo, que procuras incessantemente: como se os dias fossem mais dias quando descobertos inteiros crús, como se não fosse melhor deixá-los seguir, sem pressa. Admiro-te. de uma maneira intensa, doce: como trabalhas os teus dias claros e os moldas aos teus gestos. ternura. os nossos dias têm sido assim, claros doces e claros claros. a claridade custa aos olhos claros, sabias? mesmo assim, admiro-te tanto. esqueces-te de ti e admiro-te quando me esqueces na esquina nervosa corrente dos dias. tivesses tu calado esse silêncio suspenso nos minutos que fazem dos dias os dias mais meses e anos que dias horas minutos apressados, um cada segundo de ti tornaria diferente um novo dia, feliz. esqueces-te de nós em cada instante desarmado. e os nossos dias são dias nossos intensos nossos. memórias nossas. preciso de te ver, preciso de ti. esqueces-te.

4 comentários:

Anónimo disse...

É sempre dificil comentar o que dizes, principalmente porque não sei se se refere a factos reais ou a imaginação!
Mas de uma maneira ou de outra este esqueces-te toca-me e mesmo com a esmagadora probabilidade de não me ser dedicado, gostaria de te dizer que não te esqueço coisissima nenhuma! :)

pipa disse...

é verdade, gosto muito de confundir-me na realidade e na ficção. :) obrigada, por n te esqueceres- quem quer que sejas. :P beijinhos p

Anónimo disse...

beijinhos peixinho! ;P

pipa disse...

peixinho? :) obrigada por n te esqueceres, gostares das minhas coisas é importante para mim.