Enroscada
Por ser lua, sinto mais sua falta à noite
Quando o frio desce e o poema se tece
A garganta arranha e a saudade entranha
Sente-se um nó por estar-se só
O rosto queima, a palavra teima
Em rimar amor com cor ou flor
Bate o correr de quem se afoga ou se joga
Em água de rio ou desvairio
Por ser sol, clareia a lua
De preferência, enroscada e nua.
Claudio André Gomes
in “Particularmente bonita”
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